A dança de Ryukyu é categorizada em 4 tipos de danças. A dança da corte imperial ou a dança clássica que foi executada no reino de Ryukyu para entreter diplomatas estrangeiros, o Zo-odori (dança popular) realizada pelos povos de Okinawa. As danças populares folcóricas são uma mistura de tradições e heranças de Okinawa assim como a dança misturada que se tornou comum após a guerra. A dança Ryukyu que reflete fortemente influências chinesas e asiáticas são diferentes das danças da ilha principal do Japão.
Danças clássicas:
Foram elaboradas entre os séculos XVIII e XIX. Algumas coreografias focam a paz e segurança do reino, além de uma longa e feliz vida; trata-se do Rojin odori ou Danças de Anciãos, de uma forma geral, executadas por dois dançarinos, representando um casal de idosos. Como exemplo tem-se o Kajadifu.
As danças que denotam as perspectivas dos jovens, a promessa de uma grande vida futura, são as danças Wakashu, como ,Wakashu Kuti Bushi,.
Aquelas que refletem emoções, pureza e sentimentos típicos femininos são as danças Onna. São sete as principais danças criadas pelo lendário coreógrafo Chokun Tamagusuku: Shundun, Chikuten, Nufa Bushi, Yanaji, Amaka’a, Kashikaki e Mutu Nuchibana.
Já as que se referem ao vigor masculino e ao amadurecimento são as danças Nisai, como Nubui Kuduchi e Takadera Manzai.
Por fim, há as coreografias Uchikumi, uma espécie de ‘dueto’, entre as quais pode-se citar Shundou.
Danças folclóricas ou Zo Odori:
Com a abolição dos clãs e o estabelecimento das prefeituras, em 1879, em todo território japonês, os artistas que trabalhavam na corte de Shuri para entreter a nobreza dispersaram-se e acabaram por criar coreografias que retratassem o cotidiano do povo. Tem-se aí Kanayo, AKi no Odori, Timatu, entre muitas outras.
Danças modernas:
São danças que incorporam o estilo clássico e expressam os valores e ideais dos seus coreógrafos, muitos dos quais lecionam até hoje. São exemplos: Ichubi Gwa, Taiko Bayashi, Goshin no Mai.
Como se pode constatar, o Ryukyu Buyou oferece uma gama imensa de história, sendo que tudo não se resume a apenas um estilo ou a um único jeito de fazer. Há muitas escolas que vêem o clássico sob vários prismas e, com mudanças, às vezes sutis, tornando ainda mais interessantes a mesma coreografia. Além disso, buscam criar danças e maneiras de apresentá-las de modo não só a entreter o público, mas instigá-los a querer conhecer mais profundamente a respeito da dança.
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